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Fonte: Centro de Cultura Judaica
Eu te consagro a Mim para sempre!
Esta cerimónia é repleta de rituais que simbolizam a beleza do relacionamento entre marido e mulher, as obrigações mútuas, bem como com o povo judeu. Durante a preparação para o casamento, o chatan (noivo) e a kallah (noiva) preparam-se para um futuro religioso e espiritual.
Assinar um contrato
A tradição judaica especifica que, antes da cerimónia do casamento, seja redigido um contrato e assinado por duas testemunhas e pelos noivos. As testemunhas devem ser homens adultos, seguidores das mitsvot, preceitos, da Torá, sem serem parentes dos noivos e entre si.
O contrato de noivado pode ser feito com antecedência, mas há um costume de realizá-lo logo antes da chupá, são lidos e assinados na Cabalat Panim, antes da cerimónia de casamento. Após a leitura do documento, as mães dos noivos quebram um prato de porcelana. A mensagem é clara: a porcelana nunca pode ser consertada da mesma forma que quebrar um contrato de noivado é algo muito grave.
O jejum
Para os noivos, o dia do casamento judaico assemelha-se a um Yom Kipur pessoal, por isso é passado em jejum, oração, atos de bondade (tsedacá) e reflexão espiritual. Tradicionalmente, diz-se que, neste dia, Deus perdoa as eventuais transgressões cometidas em suas vidas, para que juntos possam começar uma nova caminhada num estado totalmente puro.
Purificação espiritual
Antes da núpcias, a noiva deve imergir nas águas do micvê para uma purificação espiritual (este ato deve ser repetido todos os meses). Recomenda-se que nesta data o noivo também se purifique no micvê com o mesmo propósito.
Por ser um assunto extremamente complexo, que requer um esclarecimento mais amplo e profundo, as leis de pureza familiar são minuciosamente estudadas pelo noivo e pela noiva com orientadores competentes.
Presentes
No Monte Sinai, no "Grande Casamento" entre Deus e o povo de Israel, os judeus tiveram a visão de Deus envolto num talit, xale de orações. Por este motivo, é um antigo costume judaico que a noiva dê ao noivo um talit novo como presente antes do casamento (e o noivo presenteia-a com um par de castiçais).
Cada momento da solenidade de um casamento judaico tem um significado próprio, geralmente relacionado à história do povo judeu. A cerimónia realiza-se debaixo de uma chupah (toldo), simbolizando o novo lar que irá ser construído, em que o casal deverá viver segundo os mandamentos das leis judaicas mantendo as tradições milenares do seu povo.
As vestes
Antes da chupáah o noivo veste o kitel branco. Este lembra uma mortalha. Mesmo neste seu dia mais feliz o homem deve ter em mente que é mortal. Este pensamento afastará a pessoa do pecado. Recordar o dia da morte é também um lembrete para o casal que o casamento deve perdurar até o último dia de suas vidas. A noiva costuma usar um vestido de cor clara, que indica pureza, já que todos os pecados dos noivos são perdoados no dia de seu casamento.
A última etapa preparatória para o casamento ocorre quando o noivo, acompanhado por seus pais e todos os convidados, se dirige até o local onde a noiva recebe os convidados e coloca o véu sobre a sua cabeça.
Neste momento, é costume os pais abençoarem a noiva, colocando suas mãos por cima da sua cabeça proferindo a bênção: "Que D'us te faça como as Matriarcas Sara, Rivca, Rachel e Lea" e também a bênção sacerdotal.
O costume de se cobrir o rosto da noiva lembra a nossa matriarca Rivca, em seu recato, cobrindo seu rosto com um véu em seu primeiro encontro com Yitschac. Cobrir os cabelos simboliza a modéstia que caracteriza as virtudes da mulher judia. Outro motivo pelo qual o noivo cobre o rosto da noiva é que a Presença Divina irradia do rosto da noiva neste momento, e por isto deve ser coberto. Mais um motivo é para indicar que o noivo não está interessado apenas na sua beleza física, pois beleza é algo passageiro, pode desvanecer com o tempo.Ele está atraído pelas suas qualidades espirituais, algo que ela nunca irá perder.
De certa maneira, cada noiva é um reflexo de Rivca, pois o casamento não é somente um processo particular que une duas pessoas dispostas a construir um lar individual, mas é uma instituição sagrada que abrange o povo todo. É uma união que traz à tona milhares de resultados benéficos para o casal e para toda a comunidade.
No seu caminho para a chupá, o noivo, junto com seus acompanhantes, faz uma rápida parada num local onde vestirá o kitel, manto branco, e prosseguem até a chupá seguido pela noiva, acompanhada pelas duas mães e pelas mulheres presentes.
A cerimónia
Ao chegarem à chupá, a noiva, os pais (e, segundo a tradição de alguns, até os avós) circundam o noivo sete vezes. Este é um costume de origem cabalística, difundido apenas entre as comunidades judaicas ashkenazitas (ocidentais). As voltas são alusivas aos sete dias da Criação.
O Rebe explica o significado das voltas da noiva, e da colocação do anel, adquirido pelo noivo, no dedo da noiva:
"Em sua nova vida e estabelecimento de um lar judaico, é da máxima importância que noivo e noiva renovem sua devoção a Deus e ao Serviço Divino; uma devoção acima de todos os limites, superior à sua inteligência e aos seus sentimentos limitados, mas principalmente uma devoção absoluta para seguir a Deus e Seus mandamentos. Mesmo se não encontram motivos para uma lei específica, ou se são desafiados em qualquer aspecto, material, física, emocional e espiritualmente, ambos permanecerão leais a Deus, à Sua Torá e às Suas mitsvot".
Este tipo de devoção é simbolizado por um círculo, que não tem início nem fim, representando uma dimensão que está além dos limites; que é total. O circundar da noiva em torno do noivo representa o seu investimento no casamento por um compromisso absoluto à construção de um lar de acordo com a vontade de D'us. A aliança que o noivo oferece à noiva representa o seu investimento de uma devoção ilimitada e essencial a D'us, Sua Torá e mitsvot.
Outros motivos das sete voltas:
Assinar um contrato
A tradição judaica especifica que, antes da cerimónia do casamento, seja redigido um contrato e assinado por duas testemunhas e pelos noivos. As testemunhas devem ser homens adultos, seguidores das mitsvot, preceitos, da Torá, sem serem parentes dos noivos e entre si.
O contrato de noivado pode ser feito com antecedência, mas há um costume de realizá-lo logo antes da chupá, são lidos e assinados na Cabalat Panim, antes da cerimónia de casamento. Após a leitura do documento, as mães dos noivos quebram um prato de porcelana. A mensagem é clara: a porcelana nunca pode ser consertada da mesma forma que quebrar um contrato de noivado é algo muito grave.
O jejum
Para os noivos, o dia do casamento judaico assemelha-se a um Yom Kipur pessoal, por isso é passado em jejum, oração, atos de bondade (tsedacá) e reflexão espiritual. Tradicionalmente, diz-se que, neste dia, Deus perdoa as eventuais transgressões cometidas em suas vidas, para que juntos possam começar uma nova caminhada num estado totalmente puro.
Purificação espiritual
Antes da núpcias, a noiva deve imergir nas águas do micvê para uma purificação espiritual (este ato deve ser repetido todos os meses). Recomenda-se que nesta data o noivo também se purifique no micvê com o mesmo propósito.
Por ser um assunto extremamente complexo, que requer um esclarecimento mais amplo e profundo, as leis de pureza familiar são minuciosamente estudadas pelo noivo e pela noiva com orientadores competentes.
Presentes
No Monte Sinai, no "Grande Casamento" entre Deus e o povo de Israel, os judeus tiveram a visão de Deus envolto num talit, xale de orações. Por este motivo, é um antigo costume judaico que a noiva dê ao noivo um talit novo como presente antes do casamento (e o noivo presenteia-a com um par de castiçais).
Cada momento da solenidade de um casamento judaico tem um significado próprio, geralmente relacionado à história do povo judeu. A cerimónia realiza-se debaixo de uma chupah (toldo), simbolizando o novo lar que irá ser construído, em que o casal deverá viver segundo os mandamentos das leis judaicas mantendo as tradições milenares do seu povo.
As vestes
Antes da chupáah o noivo veste o kitel branco. Este lembra uma mortalha. Mesmo neste seu dia mais feliz o homem deve ter em mente que é mortal. Este pensamento afastará a pessoa do pecado. Recordar o dia da morte é também um lembrete para o casal que o casamento deve perdurar até o último dia de suas vidas. A noiva costuma usar um vestido de cor clara, que indica pureza, já que todos os pecados dos noivos são perdoados no dia de seu casamento.
A última etapa preparatória para o casamento ocorre quando o noivo, acompanhado por seus pais e todos os convidados, se dirige até o local onde a noiva recebe os convidados e coloca o véu sobre a sua cabeça.
Neste momento, é costume os pais abençoarem a noiva, colocando suas mãos por cima da sua cabeça proferindo a bênção: "Que D'us te faça como as Matriarcas Sara, Rivca, Rachel e Lea" e também a bênção sacerdotal.
O costume de se cobrir o rosto da noiva lembra a nossa matriarca Rivca, em seu recato, cobrindo seu rosto com um véu em seu primeiro encontro com Yitschac. Cobrir os cabelos simboliza a modéstia que caracteriza as virtudes da mulher judia. Outro motivo pelo qual o noivo cobre o rosto da noiva é que a Presença Divina irradia do rosto da noiva neste momento, e por isto deve ser coberto. Mais um motivo é para indicar que o noivo não está interessado apenas na sua beleza física, pois beleza é algo passageiro, pode desvanecer com o tempo.Ele está atraído pelas suas qualidades espirituais, algo que ela nunca irá perder.
De certa maneira, cada noiva é um reflexo de Rivca, pois o casamento não é somente um processo particular que une duas pessoas dispostas a construir um lar individual, mas é uma instituição sagrada que abrange o povo todo. É uma união que traz à tona milhares de resultados benéficos para o casal e para toda a comunidade.
No seu caminho para a chupá, o noivo, junto com seus acompanhantes, faz uma rápida parada num local onde vestirá o kitel, manto branco, e prosseguem até a chupá seguido pela noiva, acompanhada pelas duas mães e pelas mulheres presentes.
A cerimónia
Ao chegarem à chupá, a noiva, os pais (e, segundo a tradição de alguns, até os avós) circundam o noivo sete vezes. Este é um costume de origem cabalística, difundido apenas entre as comunidades judaicas ashkenazitas (ocidentais). As voltas são alusivas aos sete dias da Criação.
O Rebe explica o significado das voltas da noiva, e da colocação do anel, adquirido pelo noivo, no dedo da noiva:
"Em sua nova vida e estabelecimento de um lar judaico, é da máxima importância que noivo e noiva renovem sua devoção a Deus e ao Serviço Divino; uma devoção acima de todos os limites, superior à sua inteligência e aos seus sentimentos limitados, mas principalmente uma devoção absoluta para seguir a Deus e Seus mandamentos. Mesmo se não encontram motivos para uma lei específica, ou se são desafiados em qualquer aspecto, material, física, emocional e espiritualmente, ambos permanecerão leais a Deus, à Sua Torá e às Suas mitsvot".
Este tipo de devoção é simbolizado por um círculo, que não tem início nem fim, representando uma dimensão que está além dos limites; que é total. O circundar da noiva em torno do noivo representa o seu investimento no casamento por um compromisso absoluto à construção de um lar de acordo com a vontade de D'us. A aliança que o noivo oferece à noiva representa o seu investimento de uma devoção ilimitada e essencial a D'us, Sua Torá e mitsvot.
Outros motivos das sete voltas:
Lembra as sete expressões de noivado entre D'us, o noivo, e Israel, a noiva. "Eu te consagro a Mim para sempre. Eu te consagro a Mim em misericórdia e em julgamento, e em amor, e em retidão. Eu te consagro a Mim em fidelidade, e tu conhecerás D'us."
No dia do seu casamento o noivo é comparado a um rei. Assim como o rei é cercado pela sua legião, o noivo deve ser rodeado pela noiva e o seu séquito.
Recorda as sete vezes que as tiras dos tefilin são enroladas no braço do homem. Assim como o homem se liga em amor a D'us, assim ele é "amarrado" à sua esposa, entre outras razões.
No dia do seu casamento o noivo é comparado a um rei. Assim como o rei é cercado pela sua legião, o noivo deve ser rodeado pela noiva e o seu séquito.
Recorda as sete vezes que as tiras dos tefilin são enroladas no braço do homem. Assim como o homem se liga em amor a D'us, assim ele é "amarrado" à sua esposa, entre outras razões.
Após terminar as sete voltas, a noiva fica ao lado direito do noivo, em sinal que estará sempre a seu lado para qualquer ajuda.
A aliança circular não tem começo nem fim, é um pronuncio da continuidade do amor, ao longo da vida matrimonial. Deve ser feita de ouro puro, sem desenhos ou ornamentos, pois o casamento deve ser de uma beleza simples. Duas taças de vinho são usadas nas bênçãos da cerimónia de casamento, pois o vinho, é um símbolo de alegria na tradição judaica. As bênçãos são a consagração e os alicerces que deverão formar o novo lar e o relacionamento do casal. A conhecida quebra do copo serve como uma expressão de tristeza com a destruição do Templo em Jerusalém, e proporciona ao casal sua identidade enquanto povo Judeu.
Celebração
A celebração do casamento judaico inicia-se com a Cabalat Panim, uma recepção na qual o noivo, e a noiva, são cumprimentados por parentes e amigos. Os nubentes sentam-se em locais distintos e as recepções ocorrem separadamente, já que noivo e noiva não se vêem na semana anterior ao casamento (alguns costumam não se ver desde a noite do micvê).
O casamento será fortalecido dia a dia, por meio do entendimento entre o casal, dos limites de cada um, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e cumprimento das leis de pureza familiar. São estes os valores que consagram um casamento judaico.
Quebrar o copo
No final da cerimónia parte-se um copo de vidro lembrando a todos que mesmo na maior alegria pessoal devemos lembrar a destruição do Templo Sagrado de Jerusalém e continuar a almejar pela sua reconstrução.
Outros significados para a quebra do copo:
A aliança circular não tem começo nem fim, é um pronuncio da continuidade do amor, ao longo da vida matrimonial. Deve ser feita de ouro puro, sem desenhos ou ornamentos, pois o casamento deve ser de uma beleza simples. Duas taças de vinho são usadas nas bênçãos da cerimónia de casamento, pois o vinho, é um símbolo de alegria na tradição judaica. As bênçãos são a consagração e os alicerces que deverão formar o novo lar e o relacionamento do casal. A conhecida quebra do copo serve como uma expressão de tristeza com a destruição do Templo em Jerusalém, e proporciona ao casal sua identidade enquanto povo Judeu.
Celebração
A celebração do casamento judaico inicia-se com a Cabalat Panim, uma recepção na qual o noivo, e a noiva, são cumprimentados por parentes e amigos. Os nubentes sentam-se em locais distintos e as recepções ocorrem separadamente, já que noivo e noiva não se vêem na semana anterior ao casamento (alguns costumam não se ver desde a noite do micvê).
O casamento será fortalecido dia a dia, por meio do entendimento entre o casal, dos limites de cada um, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e cumprimento das leis de pureza familiar. São estes os valores que consagram um casamento judaico.
Quebrar o copo
No final da cerimónia parte-se um copo de vidro lembrando a todos que mesmo na maior alegria pessoal devemos lembrar a destruição do Templo Sagrado de Jerusalém e continuar a almejar pela sua reconstrução.
Outros significados para a quebra do copo:
Lembra as primeiras Tábuas da Lei, quebradas após o "Grande casamento" entre Deus e o povo de Israel; que somos mortais e devemos casar-nos e multiplicar-nos; que somos como vidro, que mesmo quebrado, pode ser reconstituído, como através de nosso sincero arrependimento somos perdoados.
Ao som do copo quebrado, a atmosfera solene é rompida e substituída por danças e música. Todos devem animar os noivos expressando a alegria e apoio ao casal que constitui a partir deste momento, mais um elo na corrente de vida através da Torá.
O casamento será fortalecido a cada dia através do entendimento entre ambos, dos limites do outro, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e cumprimento das leis de pureza familiar. Estes são os verdadeiros valores que consagram um casamento judaico.
Ao som do copo quebrado, a atmosfera solene é rompida e substituída por danças e música. Todos devem animar os noivos expressando a alegria e apoio ao casal que constitui a partir deste momento, mais um elo na corrente de vida através da Torá.
O casamento será fortalecido a cada dia através do entendimento entre ambos, dos limites do outro, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e cumprimento das leis de pureza familiar. Estes são os verdadeiros valores que consagram um casamento judaico.
Fonte: Centro de Cultura Judaica